O catamarã no qual regresso agora a casa é o mesmo em que regressei na passada terça-feira. Como o sei? Porque ainda está a mesmíssima melga esborrachada neste vidro.
Ah, a dona Fletcher, de quem um colega meu de escola dizia: "se eu alguma vez a vir, fujo para bem longe porque, onde quer que ela esteja, há sempre alguém que morre".
Como eu detesto melgas, quero saber quem praticou aquele insecticídio não para o acusar mas para o louvar. Já louvar não posso os serviços da Transtejo por, pelos vistos, deixarem passar uma semana sem, pelo menos, passar um paninho húmido pelo interior dos catamarãs (hoje ainda estava o cadáver no vidro).