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até que esgotem
(descrição na página do programa Todas as Palavras)
Vi-a como Tracy di Vicenzo no injustamente vilipendiado On her Majesty's Secret Service, Edwina Lionheart no divertidamente macabro Theatre of Blood e Rainha numa quase despercebida versão da Branca de Neve. Mas será sempre como a Emma Peel d'Os Vingadores que a recordarei: "a mulher perfeita" (palavras de um vilão que teve a imprudência de a enfrentar e com as quais não posso senão concordar).
Diana Rigg morreu hoje: uma senhora nos palcos, nos grandes e pequenos ecrãs - e na vida.
Cameron to Wilson: Why does he hate seeing his parents? So his dad tells the truth. He can't handle that?
Wilson: He hates being a disappointment.
Cameron: He's a doctor. World famous. How disappointed can they be?
Wilson: You know what I figure is worse than watching your son become crippled? Watching him be miserable.
Peter Sallis foi um actor inglês com uma longa e respeitada carreira que incluiu um episódio de Persuaders (série de comédia/acção protagonizada pelo recém-falecido Roger Moore e Tony Curtis), vários filmes da mítica produtora Hammer, e as 31 (trinta e uma!) temporadas da série de humor Last of the Summer Wine (que pôde ser vista cá nos canais BBC Prime e BBC Entertainment). Se nada destes nomes disser algo a quem ler este texto, não censuro: eu próprio só sabia isto por mera carolice.
Há, contudo, um título que talvez desperte memórias: Wallace & Gromit, a fantástica dupla protagonista de várias animações stop-motion produzidas pela Aardman Animations. Peter Sallis foi a voz de Wallace em quase todos os filmes, até que a saúde debilitada o impediu de continuar.
Deixo a seguir uma das minhas cenas preferidas desta saga:
The Wrong Trousers (1993)
O canal MOV chega hoje ao fim. Tenho pena. Eu gostava bastante deste canal. O MOV tinha tudo. Podíamos ver um clássico como Dune seguido da magnificamente péssima saga Leprechaun; tanto transmitia o inquietante e injustamente desconhecido Take Shelter, como o jean-claude-van-dammiano Universal Soldier Regeneration. Os responsáveis pela programação do canal pareciam partilhar comigo o amor ao cinema/televisão como meio de criação artística no seu grau mais elevado - mas também como fonte de uma hora ou duas durante as quais pudesse abafar o ruído das memórias num entretenimento acéfalo e manhoso (com tudo o que de bom a palavra "manhoso" tem).
Hoje é, portanto, o último dia. Para encher as últimas horas de emissão, estão a retransmitir a inócua série Taxi Brooklyn protagonizada pela (nada inócua) Chyler Leigh. Eu bem digo: o MOV conhecia-me de ginjeira...