António Aleixo: um grande Poeta a ser aqui muito bem lembrado neste dia em que se celebra a poesia! Sabe que sinto um fascínio muito especial por este Poeta e pelos seus poemas? Leio-os tantas vezes...
Se me permite, deixo-lhe o mote que deu azo às glosas de onde faz parte essa estrofe.
"Que feliz destino o meu Desde a hora em que te vi; Julgo até que estou no céu Quando estou ao pé de ti."
Gosto do António Aleixo desde que, quando era miúdo, tirei da estante dos meus pais um exemplar do "Este livro que vos deixo". Fascina-me como alguém semi-analfabeto conseguia fazer esta poesia simples mas rica de conteúdo e estilisticamente depurada. Acresce que é meu patrício - pois eu, embora tendo nascido e sempre morado nos arredores de Lisboa, tenho toda a minha ascendência algarvia (os meus avós viviam lá) e costumo dizer que sou legalmente semi-lisboeta mas genética e afectivamente algarvio.
"Este livro que vos deixo" e o outro de Inéditos, já editado por Vitalino Martins Aleixo, filho do poeta, em 1978, também fazem parte da minha pequena - mas preciosa - biblioteca. A cada passo os folhei-o e me delicio.
Não há problema - a bilheteira não cobra taxas a visitantes que cometem gralhas. Até porque se assim fosse, a bem da coerência teríamos de nos auto-punir pelas que cometemos. Felizmente para nós, e ao contrário dos visitantes, temos a possibilidade de fazer uma segunda edição do bilhete com as gralhas corrigidas.
Uma das coisas que me satisfaz é António Aleixo, apesar da vida difícil que teve, ter sabido nos anos finais que a sua obra era apreciada por gente como Miguel Torga.