Eu, desde sempre possuidor de uma habilidade manual que me impede de fazer algo com a complexidade de um barco de papel, vejo isto e sinto o despertar da inveja.
Pássaros não aprendi a fazer. Já barquinhos de papel fiz muitos quando criança e, mais tarde, para o meu neto. Curiosamente nunca os fiz para os meus filhos. Não... Ao ver estes pássaros de papel, não foi inveja que senti. Senti-me inundar por uma imensa ternura... Abençoadas as mãos que os fizeram. Foi bonito tê-los fotografado e trazido para nos mostrar. Muito bonito, gostei.
:) Falta de informação não é o problema maior - páginas e youtubes tenho aqui uma pasta com vários. Falta de jeito é o problema maior. O que me sai das mãos, sapos com pernas tortas e pássaros sem bico ou com uma asa maior do que a outra, mais parece ter vindo da imaginação de David Cronenberg - ou das florestas que rodeiam Chernobyl...
" florestas que rodeiam Chernobyl" Ah, ah, ah! Também calculei que as fontes de informação não eram o problema maior. Deixei o link mais pela piada :) Bom fim-de-semana.
Não me leve a mal, por favor, acredito que até é coisa de mau gosto vir novamente, não para comentar o post, mas sim, comentar um comentário. Sabe?... Não me caiu bem o riso sobre as florestas de Chernobyl. Não pude deixar de me lembrar das causas de ainda existirem, nascerem e crescerem, após tantos anos, seres humanos com deformações físicas genéticas. Vítimas inocentes da sede de vingança de outros seres mal formados de carácter, estes sim, pecadores .... Se o aborreci,se se sentiu incomodado, pode dizer-me à vontade, e, se quiser, não voltarei cá, mas há certas coisas que mexem comigo e não consigo calar, por mais que me esforce...e olhe que me esforcei bastante para ficar muda e queda.
Quando os comentários nos desaparecem da vista nem nos dão tempo para uma segunda leitura mais aturada. Ao ver o que há pouco escrevi quero penitenciar-me pelo lapso cometido. A tragédia de Chernobyl não teve nada a ver com vingança, embora houvesse negligência como creio foi comprovado. Peço desculpa, se fui indelicada, mas persisto em que rir do mal alheio é cruel.
Escrever num blogue de acesso público acarreta sempre o risco de trazer uma reacção negativa por algo publicado. Aborrecer-me ou incomodar-me só acontece em duas situações: por comentários de "trolls", que assumo serão filtrados sem cerimónia (são o único caso em que me atribuo o direito de censura); ou por comentários que, na busca de litígio, deturpam algo aqui escrito. Os primeiros, felizmente, não tenho, com probabilidade por esta bilheteira ser um canto demasiado minúsculo e obscuro da blogosfera para atrair tais atenções. Os segundos também são raros (só ocorreu uma vez), certamente pela ausência de assuntos polémicos que apelam a tais militâncias - e também pela obscuridade. Por isso, fique descansada, não fico incomodado nem aborrecido pela sua opinião. Aqui não há delito de opinião quando ela é emitida de boa-fé.
Mas permito-me discordar dela. Não o faço à avaliação do próprio acontecimento: creio poder afirmar, com grande certeza, que ninguém que aqui tenha escrito alguma vez olharia para Chernobyl e suas consequências e apontaria o dedo com uma gargalhada. Faço-o pelo sentido que atribuiu. E tentarei explicá-lo de forma muito sucinta.
Terei, naquele meu pequeno exercício de humor, ultrapassado os limites admissíveis deste - assumindo que existem? Penso que não. E penso que não por isto: quando digo "o objecto X feito por mim parece ter saído da tragédia Y", não estou a rir da tragédia - estou, sim, a rir do objecto tão mal feito. O sujeito da piada não é Y. O sujeito é X e Y, pela sua dimensão, é apenas usado para superlativar X.