Concertos do Tony Camioneta e similares, também e finalmente, tenho uma desculpa para não me chegar às pessoas e muito menos, ter de lhes estender a mão :)
Os Tonys, Toys, Rosinhas e etc. deste mundo nem são aquilo que mais me aflige. É verdade que faço um esforço consciente para evitar exposição sensorial às suas performances e tenho dificuldade em observá-los mesmo que só pelo aspecto antropológico de tais fenómenos mediáticos. Mas aceito a ideia de que possam cumprir um certo papel para algumas franjas demográficas. Para grande parte daquela assistência masculina, já entrada nos anos e sem qualquer proficiência internética, ver jovens (e menos jovens...) mulheres em mini-saia e sapatos de plataforma a bambolearem-se no palco será o mais próximo que alguma vez conseguirão estar da pornografia online. Imagino também que, para muitos, aqueles espectáculos não passam de umas horas em que podem desligar o cérebro e abstrairem-se das preocupações do quotidiano - desempenhando uma função equivalente, embora com apenas uma parcela mínima dos seus méritos artísticos, aos filmes de acção do Arnold Schwarzenegger.
Não, o universo foleirote dos concertistas de feira nem é o que mais me aflige. O que me irrita mesmo profundamente, o que me faz à primeira audição contrair os maxilares, ranger os dentes e procurar freneticamente o controlo remoto num chorrilho de pragas - é a Catarina Furtado. Oh, céus, como me bole com os nervos - e como eu agradeço ao vírus tê-la afastado, mesmo que temporariamente, da minha televisão.