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até que esgotem
Saudemos o 70º aniversário de Michèle Mouton: vencedora em 1975 da classe S2.0 nas 24 Horas de Le Mans; vice-campeã europeia de ralis em 1977; vice-campeã mundial de ralis em 1982 (ficando à frente do seu colega de equipa, "um tal" Hannu Mikkola); vencedora em 1984 da classe Open Rally (e segunda à geral) na sua estreia na mítica Pikes Peak; vencedora no ano seguinte da Pikes Peak com um tempo treze segundos mais rápido do que o recorde anterior; campeã em 1986 do Nacional de Ralis da Alemanha, com a particularidade de ter vencido todas as corridas que terminou.
E tudo isto, veja-se bem o topete, quando ainda nem tinham nascido muitos dos que hoje enchem discursos, editoriais e redes sociais com paridades, quotas, representatividades, hashtags e jargões semelhantes.
(*) "Der Schwarze Vulkan" (o vulcão negro) foi a alcunha que lhe deram na Alemanha devido ao temperamento e longo cabelo preto.
O futebol não me entusiasma particularmente, facto que já proporcionou num passado recente divertido diálogo com uma jovem das sondagens telefónicas. Com a selecção nacional de futebol, mantenho uma relação de distância respeitosa: respeito o talento e a disciplina dos jogadores, prefiro que ganhe (embora nunca entre em euforias pós-vitória nem em depressões pós-derrota), mas muito raramente lhe vejo os jogos. Querem um exemplo? Então aqui vai: entre ver a final do Europeu de 2016 e ver a final de um torneio de snooker no Eurosport, eu optei pelo snooker (de qualquer forma, os ocasionais gritos que saíam aqui da tasca vizinha iam-me deixando a par dos dramas da bola).
Por isto, quando eu vos disser, como vou dizer agora, que a música que aqui coloco é em honra da selecção que se estreia daqui a pouco em Budapeste, não acreditem. A verdade é que qualquer desculpa, por mais mal-enjorcada que seja (e esta sê-lo-ia), é uma boa desculpa para evocar este magnífico clássico da nossa pop. E mesmo quando, por mais tratos que se dêem à imaginação, não ocorre qualquer justificação, não há problema: a verdade, verdadinha, é que não é necessário estar a inventar desculpas para ouvir este Budapeste.
Budapeste de Mão Morta (Mutantes S.21, 1992)
As trevas estão por aí, escondidas,
À espera que eu apague a luz
Para se lançarem sobre mim.
Adolfo Luxúria Canibal, Maria, Oh Maria (Corações Felpudos, 1990)
"Felicidade é a loja de porcelana; amor é o touro."
H. L. Mencken
Quem tem como única ferramenta um martelo tende a olhar para tudo como se fosse um prego.
(Publicado originalmente no Delito de Opinião)
Village of the Damned (1960) de Wolf Rilla
Uma curiosidade: Martin Stephens, que interpretou o líder do gangue de fedelhos alienígenas, abandonou a representação aos 17 anos, seguiu uma carreira na arquitectura e vive em... Portugal.