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até que esgotem
Pepe Le Pew em A Scent of the Matterhorn (1961)
Observava-a naquela tarde de fim de Março, como tantas vezes já o fizera ao longo do Outono e do Inverno. Sentada do outro lado do barco, via-lhe o perfil contornado pelas cintilações do Sol na superfície quase lisa da água. Ocorreu-me, num pensamento vindo do nada, que nunca a tinha visto à chuva. Seguramente, meditei, isso teria acontecido, nem outra coisa fazia sentido - mas por mais que tentasse, nada me veio à memória. Seria ela uma das fadas que dormem nos troncos das árvores e só despertam quando o Sol lhes aquece as folhas? Mas percebi, quase de imediato, o meu erro. Era precisamente o oposto: o Sol, quando ela saía de casa, é que afastava as nuvens para a poder seguir.